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X CONGRESSO INTERNACIONAL e XV NACIONAL de PSICOLOGIA CLÍNICA
MONASTERIO SAN MARTÍN PINARIO
SANTIAGO DE COMPOSTELA (ESPANHA)
16-19 de NOVEMBRO, 2017
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Júlia Sursis Nobre Ferro Bucher- Maluschke
Universidade de Brasilia

BRASIL
1 Português
Graduou-se em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1964), mestrado em Ciências Familiares e Sexológicas - Universite Catholique de Louvain (1969) e doutorado em Ciências Familiares e Sexológicas - Universite Catholique de Louvain (1975). Título de Psicóloga pela Universidade de Brasília (1976). Realizou pós-doutorado nos Estados Unidos - St Johns University (NY 1988), e na Alemanha - Universitat Tübingen (Tubingen, 1996). Professora emérita da Universidade de Brasília em 2006. .Atualmente é professora na Universidade Católica de Brasília e Pesquisadora Colaboradora da Universidade de Brasilia. Coordenadora do Grupo de Trabalho: Família, processos de desenvolvimento e promoção da saúde vinculado a Associação Nacional de Pesquisadores em Psicologia.

RESUMEN SIMPOSIO INVITADO
Desdobramentos da psicologia no sistema prisional e questões legais e normativas
No sistema penitenciário brasileiro estão aqueles condenados à pena de reclusão em regime fechado. O objetivo deste simpósio será identificar as políticas públicas de assistência à população carcerária para a promoção do desenvolvimento socioemocional das mulheres antes, durante e depois do cárcere. A partir do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (INFOPEN-BRASIL, 2014), o número de mulheres encarceradas no Brasil era de 5.601 em 2000 e aumentou para 37.380 em 2014. No mesmo ano do levantamento surge a Política Nacional de Atenção às Mulheres em Situação de Privação de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional (MJ/SPM nº 210/2014), que orienta as unidades da federação pautada nas leis nacionais e nas Regras de Bangkok (ONU). Tendo em vista as garantias dos direitos dessa população, serão apresentados os resultados das pesquisas realizadas nos Presídios Femininos de Brasília e Belém/Brasil. Foram investigadas sob a luz da jurisprudência as experiências maternas, o perfil sociodemográfico das mulheres apenadas pelo tráfico de drogas, os desdobramentos das conflitualidade pelo ato infracional, as repercussões psicossociais da relação entre dependência química e tráfico de drogas, a as redes de amizades estabelecidas antes e depois do cárcere. Foram desenvolvidas escalas de avaliação, ecomapas e genogramas como instrumentos para a elaboração e análise dos dados. As estatísticas apontam o crescimento de famílias brasileiras monoparentais maternas. Na prisão os estudos indicaram que as mulheres perdem a possibilidade de acompanhar o desenvolvimento dos filhos antes da pena e após a lactância. Estes estudos dão sentido as vivências das mulheres apenadas e podem aperfeiçoar a prática clínica e  o fomento de leis, normas e políticas sociais. Financiamento: Conselho Nacional de Pesquisa (CNPQ) e Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).